Brasil defende diálogo com Maduro em meio a crises na Venezuela

Brasil defende diálogo com Maduro em meio a crises na Venezuela Em meio a denúncias de violações de direitos humanos, governo brasileiro busca soluções construtivas para a crise política venezuelana janeiro 25, 2025 Em uma reunião recente da Organização dos Estados Americanos (OEA), o Brasil reafirmou suas preocupações com as graves denúncias de perseguição política e violação dos direitos humanos na Venezuela. Contudo, o governo brasileiro, representado pelo embaixador Benoni Belli, fez uma defesa clara pela manutenção de canais de diálogo com o regime de Nicolás Maduro, apontando que o isolamento do país no passado só enfraqueceu as tentativas de resolver a crise política e social local. A Venezuela mergulhou em um período de turbulência política após as eleições presidenciais de julho de 2024, amplamente contestadas pela comunidade internacional, que acusa o governo de Maduro de fraude eleitoral. A falta de transparência sobre os resultados eleitorais e a repressão intensificada contra opositores têm gerado uma crescente pressão por parte de organismos internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), que aponta sérias violações de direitos no país. Durante a discussão sobre o relatório da CIDH, o embaixador Belli destacou as apreensões do governo brasileiro em relação às detenções de líderes políticos e defensores dos direitos humanos, bem como as ações contínuas para restringir a liberdade de expressão e a manifestação pacífica na Venezuela. Belli, entretanto, enfatizou que a única solução viável para a crise é o engajamento construtivo dos atores políticos venezuelanos e a manutenção de um diálogo aberto com as autoridades locais. Leia mais Trump chama bispa de ‘hater’ após sermão pedindo misericórdia a imigrantes e LGBTQIA+ As autoridades europeias condenam suposto gesto nazista de Musk; bilionário critica Scholz​ Trump retira EUA do Acordo de Paris e reacende crise global contra as mudanças climáticas Maduro toma posse para terceiro mandato após eleição contestada; “Ninguém impõe um presidente à Venezuela” O governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem adotado uma postura pragmática em relação à crise venezuelana, atuando como mediador entre o regime chavista e a comunidade internacional. Embora o Brasil não tenha reconhecido oficialmente a reeleição de Maduro, e o governo tenha apoiado as críticas da oposição sobre uma possível fraude eleitoral, o Brasil demonstrou um esforço para manter as relações diplomáticas e buscar caminhos para mitigar os efeitos da crise, como evidenciado pela recente decisão de enviar uma embaixadora brasileira à posse de Maduro em janeiro de 2025. Essa abordagem pragmática, no entanto, tem gerado momentos de tensão entre os dois países. Em outubro do ano passado, o governo brasileiro barrou a entrada da Venezuela no bloco Brics, provocando duras reações de Maduro, que chegou a comparar o presidente Lula ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar das tensões, Belli ressaltou que o isolamento da Venezuela, no passado, resultou em uma redução da capacidade da região de ajudar na resolução da crise. Com o cenário político e social ainda instável, o Brasil segue buscando um caminho que permita a mediação e o diálogo, ao mesmo tempo que expressa sua preocupação com a crescente repressão e violação dos direitos humanos na Venezuela. ÚLTIMAS Brasil defende diálogo com Maduro em meio a crises na Venezuela Beco do Batman vira ‘rio’ durante temporal que alaga São Paulo Caos na estação: passageiros enfrentam enchente após temporal em São Paulo Oscar 2025: “Ainda estou aqui” coloca o Brasil no centro das atenções com indicações históricas Flamengo faz história: único clube sul-americano entre os 30 mais ricos do mundo Nos siga nas redes sociais! Instagram Tiktok