Com receita de 198,2 milhões de euros, o Rubro-Negro entra no ranking da Deloitte pela primeira vez, destacando o potencial financeiro do futebol sul-americano.
janeiro 23, 2025
O Flamengo consolidou sua posição como o clube mais rico do Brasil e, pela primeira vez, garantiu um lugar na prestigiada lista “Football Money League”, divulgada pela Deloitte nesta quinta-feira (23). O ranking anual avalia as receitas recorrentes dos principais clubes do mundo e, em sua edição de 2025, colocou o Rubro-Negro na 30ª posição, com uma receita estimada em 198,2 milhões de euros (aproximadamente R$ 1,2 bilhão).
O Flamengo é o único representante da América do Sul na lista, que é amplamente dominada por clubes europeus. No topo do ranking, o Real Madrid lidera com uma receita impressionante de 1,045 bilhão de euros, seguido pelo Manchester City (837,8 milhões de euros) e pelo PSG (805,9 milhões de euros).
Veja abaixo o top 30 da Money League:
A presença do Flamengo na lista marca um momento histórico para o futebol sul-americano. Desde a criação do relatório, na temporada 1996/1997, nenhum outro clube da região havia conseguido entrar no ranking. Esse feito reflete o crescimento do Flamengo em termos de gestão e capacidade de gerar receitas recorrentes, além de evidenciar o potencial financeiro dos clubes fora das grandes ligas europeias.
O relatório também destacou a evolução recente do clube. Na edição anterior, o Flamengo ficou próximo de entrar no ranking, ficando apenas 6 milhões de euros atrás do Everton, então 30º colocado. Agora, o Rubro-Negro conseguiu superar esse patamar, impulsionado por sua ampla base de torcedores, receitas de estádios e direitos de transmissão.
O Real Madrid, clube onde atua o ex-jogador do Flamengo Vinícius Jr., também fez história ao se tornar o primeiro a ultrapassar a marca de 1 bilhão de euros em receitas anuais. A liderança do clube espanhol evidencia a força das grandes marcas europeias, que continuam a dominar o mercado global de futebol.
Além disso, o relatório da Deloitte destacou a crescente importância das receitas geradas por estádios e eventos relacionados, como a Eurocopa e a Copa do Mundo de Rugby, que servem como exemplos de diversificação de fontes de receita para os clubes de elite.
Apesar do crescimento financeiro registrado na temporada, com um recorde de 11,2 bilhões de euros movimentados, o estudo alerta para desafios futuros. Entre eles, a necessidade de equilibrar a maximização de receitas com o bem-estar dos jogadores. Segundo o relatório, a incapacidade de enfrentar essas questões pode prejudicar o valor e a sustentabilidade do futebol a longo prazo.
A inclusão do Flamengo na “liga do dinheiro” não apenas celebra o sucesso do clube, mas também sinaliza um novo horizonte para o futebol sul-americano no cenário global. Com a perspectiva de novos torneios, como o Mundial de Clubes de 2025, o Rubro-Negro tem a oportunidade de consolidar sua posição e abrir caminhos para outros clubes da região.