Maduro toma posse para terceiro mandato após eleição contestada; "Ninguém impõe um presidente à Venezuela"

O chavista promete um governo de paz e igualdade, assumindo o cargo apesar das alegações de irregularidades nas eleições venezuelanas.

Nicolás Maduro assumiu o cargo nesta sexta-feira (10) durante uma sessão solene na sede da Assembleia Nacional em Caracas. A cerimônia, conduzida pelo chavista Jorge Rodríguez, conclui um processo eleitoral marcado pela falta de transparência, autoritarismo e violência severa contra qualquer pessoa que se opusesse ao governo atual. Durante seu juramento, prometeu que o “novo período presidencial será de paz, prosperidade, igualdade e nova democracia”.
 
Maduro prestou juramento e recebeu a faixa presidencial, em seguida proferiu um discurso para autoridades e convidados. Durante sua fala, afirmou que o país é democrático e constitucional. “Sempre respeitamos a Constituição, pois ela foi elaborada com o povo. Esses seis anos representam a síntese de uma resistência de 500 anos contra os imperialismos.”
 

“Eu disse que haveria paz, e há paz. E haverá paz. Somos guerreiros da história, e garantiremos a paz e a soberania nacional para sempre”, enfatizou, acrescentando que este é um momento de “fortes emoções”.

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Maduro não apresentou evidências que comprovassem sua vitória nas eleições, ao contrário da oposição, que realizou uma contagem paralela das atas eleitorais e reivindicou a vitória para o candidato Edmundo González Urrutia.

“Ninguém impõe um presidente à Venezuela”, afirmou em seu discurso. Maduro criticou a oposição e chamou o presidente da Argentina, Javier Milei, de “sádico social”. Vale lembrar que Milei é um crítico declarado de Maduro.

A poucas semanas das eleições, o governo de Maduro cancelou os convites feitos a observadores internacionais, o que aumentou as suspeitas sobre a transparência do processo eleitoral. Além disso, barreiras foram impostas aos fiscais da oposição.

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